“Observação: Como visto do hemisfério norte. Carta do
hemisfério sul.” Em baixo de Orion,
o caçador, estão os seus dois cães celestes, Canis Major e Canis Minor.
As duas grandes ‘estrelas caninas’ são Sirius,
a estrela mais brilhante no céu e Procyon.
Outros bonitos avistamentos no céu de fevereiro incluem o ‘rio’ luminoso que
separa Sirius, Procyon e Canopus – outra
estrela de extraordinário brilho – que alguns americanos podem ver muito bem,
embora brevemente. O rio luminoso é, naturalmente, a Milky Way, a Via Lactea.
Depois de gotejar por entre Perseus
e Auriga, a Via Láctea de inverno corre para o sul, dividindo as mais brilhantes
constelações de inverno em dois grupos. Não é particularmente brilhante
comparada à extensão de verão que corre através de Cygnus e Sagittarius,
desse modo você pode julgar facilmente a qualidade da noite ao notar quanto
dela é visível. Taurus possui uma
quantidade de objetos interessantes. Muito a frente da Via Lactea de inverno brilha uma porção de estrelas, as Pleiades. E muito acima da face do
touro estão a pompa do aglomerado das Hyades
e a brilhante Aldebaram, cujo nome
significa ‘o discípulo’. De fato, a estrela laranja imita o percurso do
aglomerado das Pleiades quando ela
se desloca no céu. Os chifres do touro são impelidos na profusão da Milky Way. Beta Tauri, também chamada El
Nath, alcança a alta Auriga, e a
mais indistinta Zeta Tauri situa-se
próxima a Nebulosa do Caranguejo.
Também, exatamente acima do curso central da Milky Way está a mais surpreendente de todas as constelações, Orion. Além da faixa simétrica das três
estrelas existem as estrelas brilhantes de sua estrutura, Bellatriz e Saiph, e a
mais brilhante Rigel, e Betelgeuse. São os seus céus bastante
bons para você traçar o esboço do escudo de Orion, que o protege do fardo do Taurus? Ou a clava de Orion,
a noroeste de Betelgeuse, da qual os
meteoros orionids de outubro parecem chover? Você não terá dúvida de
identificar sua espada, na qual brilha a estupenda grande Nebulosa de Orion. Mas o que se situa sobre sua cabeça? É marcada
por três estrelas pálidas que formam um triângulo compacto. A noroeste da clava
de Orion situa-se Gemini, os gêmeos. Suas mais famosas
estrelas são Castor e Pollux, estrelas que marcam as cabeças
dos gêmeos. Os pés dos gêmeos são proeminentes e interessantes: o pé extremo
norte é o lar para M-35, um enorme
aglomerado estelar aberto que pode às vezes ser vislumbrado a olho nu, mesmo
nos céus de subúrbios. Como a clava de Orion,
os pés de Gemini são imersos no
brilho da Via Lactea de inverno, que
se torna mais brilhante nas constelações de Monoceros, o unicórnio, e Puppis,
o convés do velho navio Argus. Próximo dos pés de Gemini, diretamente a leste de Betelgeuse,
situa-se uma reta diagonal de estrelas débeis que podemos imaginar ser o chifre
do unicórnio. Próximo a esta reta você pode identificar o brilho fraco de um
aglomerado estelar NGC-2244, em
torno do qual se situa a famosa Nebulosa
da Roseta. Vários outros aglomerados impressionantes situam-se na região.
Fevereiro é o mês quando Sirius, a
estrela mais brilhante do céu é mais bem vista. Sirius é tão brilhante que em teoria ela pode lançar trevas.
Nenhuma estrela jamais cintilou tão brilhante quanto Sirius: um rudimento de supernovae
pode tê-la ultrapassada, e Nova Aquilae
1918, a mais brilhante nova conhecida, no máximo de seu brilho, ficou abaixo do
brilho de Sirius. É uma estrela
dupla próximas cuja companheira é uma anã-branca. Portanto, quando você sair
para avistar esta estrela, você terá muito que censurar. Ela está a apenas 8,7
anos-luz distante e contém muito mais massa que o sol por uma confortável
margem. Entretanto sua companheira do tamanho da Terra brilha palidamente, como
uma lembrança do que aconteceu no fim de uma existência estelar. Os
observadores discordam sobre a cor de Sirius.
Robert Burnham Jr. No Buenham’s Celestial Handbook, afirma que “a estrela é uma
branca brilhante com um matiz definida de azul.” Outros observadores a ver como
branco puro. Saia em uma noite calma de céu limpo e veja o que você pensa.
Embora Sirius não tenha igual, este
mês alguns observadores de baixa-latitude podem tomar uma olhada em sua rival
mais próxima, Canopus. Visto que ela
está localizada a cerca da declinação -53 graus, é possível vislumbrar Canopus tão distante do norte quanto 37
graus de latitude norte, que incluem Norfolk,
Tulsa e Fresno. Se você procura a estrela lembre-se que ela situa-se não
distante diretamente do sul de Sirius
e quase exatamente diretamente ao sul da Beta
Canis Majoris (Murzim). Editor PGAPereira.