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PGAPereira. Aproveitando o poder das antipartículas.Toda matéria é composta de
partículas subatômicas, como os elétrons e prótons. Cada partícula tem uma
outra antipartícula gêmea com uma rotação contrária e de carga oposta, a
antipartícula de um elétron, por exemplo, é o
pósitron. Essas antipartículas gêmeas compõem a antimatéria, e quando
elas colidem com as partículas gêmeas, aniquilam-se mutuamente, convertendo as
suas massas em energia. Em meados da década de 1990, o físico Gerald Smith
liderou um grupo de pesquisa da Universidade Penn State dedicado a pesquisar a
propulsão da antimatéria. Enquanto estava lá, ele desenvolveu projetos para a propulsão
por antimatéria de aeronaves e foguetes. A antimatéria é atraente por causa de
seu alto impulso específico, que permite a espaçonave levar menos combustível e
atingir velocidades mais altas. "Se você quiser comparar o lançamento de
um foguete de antimatéria com o lançamento do ônibus espacial, um foguete por
antimatéria iria queimar fora da plataforma de lançamento e estar nas nuvens em
segundos", diz Smith. "Visto que você tem toda essa energia em uma
quantidade muito pequena de massa, você pode realmente empurrar o acelerador e se
deslocar rapidamente." Devido ao seu potencial para altas velocidades, a
antimatéria tem sido discutida como uma opção para as viagens às estrelas
distantes. Mas Smith aponta que sua velocidade permitirá também viagens mais
seguras dentro do nosso sistema solar: "O principal perigo para os
astronautas fora da atmosfera da Terra é a exposição à radiação. Quanto menos
tempo você demorar em chegar a algum lugar, menos radiação irá receber. "A
possibilidade de propulsão por antimatéria permitiu a Smith e seus colegas
planejar viagens de a Marte, que levaria apenas 90 dias, 30 para chegar lá, 30 na
superfície, e 30 para viajar de volta à Terra. Smith e seus colegas nunca
chegaram tão longe como a construção de uma espaçonave de propulsão por antimatéria.
Embora ele desenvolvesse protetores antipartículas de antimatéria em campos
magnéticos, Smith, que agora trabalha em outras aplicações para a antimatéria
no Positronics Research, uma empresa de engenharia que ele fundou, observa que
o dinheiro para a pesquisa ainda é pouco. "Seria difícil de construí-lo no
clima econômico atual", diz ele. Como uma
espaçonave por antimatéria
funcionaria? 1. A espaçonave transporta
uma fonte de antimatéria num campo magnético. 2. A antimatéria e sua parceira
gêmea ao se chocar liberariam energia. 3. Esta energia impulsionaria a
espaçonave o suficiente rápido para chegar a Marte em um mês.
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